As garrafas plásticas estão se tornando um problema ecológico, já que, por conta do alto volume de unidades, o seu descarte fica cada vez mais complicado, tendo quase sempre o aterro sanitário como destino. A boa notícia é que isso está começando a mudar, ainda mais se depender dos alunos e pesquisadores do MIT – Concreto mais resistente
Concreto mais resistente
Eles descobriram que, ao expor pedaços de plásticos a doses pequenas e inofensivas de radiação gama, é possível misturar o plástico irradiado com pasta de cimento para produzir um tipo de concreto 15% mais resistente do que o concreto convencional.
Concreto mais resitente – O concreto é, depois da água, o segundo material mais utilizado no planeta. A fabricação de concreto gera cerca de 4,5% das emissões de dióxido de carbono induzidas pelo homem. Substituir, mesmo que uma pequena porção, com plástico irradiado poderia ajudar a reduzir a quantidade de carbono global da indústria de cimento.
A reutilização de plásticos para esse tipo de concreto também pode redirecionar o destino final de velhas garrafas PET, diminuindo a quantidade que vai para os aterros sanitários.
“Nossa tecnologia tira o plástico do aterro sanitário, o mistura com concreto e assim usa menos cimento no processo, o que gera menos emissões de dióxido de carbono. Isso tem o potencial de retirar os resíduos plásticos do aterro sanitário e destiná-los para os edifícios, onde realmente podem ajudar a torná-los mais fortes”, disse Michael Short, professor do Departamento de Ciência e Engenharia Nuclear do MIT.
Concreto mais resistente – Desenvolvido por estudantes
Concreto mais resistente – A ideia começou como um projeto da disciplina de Sistemas Nucleares, na qual os alunos foram convidados a escolher seus próprios temas. “Eles queriam encontrar maneiras de reduzir as emissões de dióxido de carbono para além dos assuntos de construção de reatores nucleares”, diz Short.
“Esta é uma parte do esforço dedicado em nosso laboratório para envolver estudantes de graduação em experiências de pesquisa, lidando com inovações em busca de novos materiais”, relatou Büyüköztürk, diretor do Laboratório para Ciência da Infra-estrutura e Sustentabilidade.
A partir de agora, a equipe planeja experimentar diferentes tipos de plásticos, juntamente com várias doses de radiação gama, para determinar seus efeitos sobre o concreto. Por enquanto, eles descobriram que substituir cerca de 1,5% do concreto com plástico irradiado pode melhorar significativamente a sua força. Embora isso possa parecer uma pequena fração, implementado em uma escala global, poderia ter um impacto significativo.
“O concreto produz cerca de 4,5% das emissões mundiais de dióxido de carbono”, diz Short. “Tire 1,5 por cento disso, e você já está falando sobre 0,0675 por cento das emissões mundiais de dióxido de carbono. Essa é uma grande quantidade de gases de efeito estufa de uma só vez”, finaliza.
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